As ferramentas de videochamadas possibilitaram o home office e as aulas online durante a pandemia; o WhatsApp também entra na lista das plataformas de reuniões pela internet.
A revolução digital vem sendo desenvolvida há muitos anos. De fato, quem tem entre vinte e trinta anos viu como a tecnologia avançou rapidamente em tão pouco tempo.
Na última década, vimos (e nos surpreendemos) com o surgimento e aprimoramento de novas tecnologias da comunicação.
Provavelmente, a chegada dos primeiros smartphones chamaram a atenção de quem, até naquele momento, estava acostumado com as funções elementares de um celular: fazer e receber chamadas e, os quase esquecidos, SMS.
Mas a humanidade não ficou por aí, e passos cada vez mais largos continuaram sendo dados.
As ferramentas de videochamadas, por exemplo, foram pouco a pouco ganhando espaço.
Hoje, milhões de pessoas no Brasil e no mundo resolvem questões relacionadas a sua vida financeira, se comunicam com familiares e amigos, estudam, e até mesmo trabalham por meios digitais.
Todos já sabíamos que esse era um caminho rumo a um futuro cada vez mais online; contudo, o que provavelmente ninguém imaginava era que tal desenvolvimento seria ainda mais apressado devido a uma crise sanitária mundial.
Coronavírus
A pandemia causada pelo novo Coronavírus obrigou pessoas, empresas e países a dar consideráveis passos na aplicação de ferramentas digitais.
Com o começo da implementação das medidas sanitárias ao redor do mundo, no primeiro semestre de 2020, passou a fazer parte do uso cotidiano da nossa linguagem um termo em inglês, até então quase desconhecido para muitos.
O home office foi a opção encontrada por grandes e pequenas empresas e até mesmo por instituições estatais para evitar as viagens de ida e vinda de seus funcionários e a inevitável aglomeração nos escritórios e no transporte público.
Mas apesar da mudança, o trabalho remoto tem seus prós e contras.
O isolamento social restringiu a possibilidade de circulação de muitas pessoas, e houve quem, embora pudesse trabalhar, optou ou foi obrigado a ficar em casa por ser parte do chamado grupo de risco e/ou portador de alguma comorbidade.
A possibilidade de executar as tarefas diárias na própria casa, sem a necessidade de estar todo o dia em um escritório, surpreendeu milhões de trabalhadores.
Para alguns, o desafio principal era organizar a própria jornada e não cair no risco de procrastinar pelo fato de estar em casa; outros, no entanto, ainda sofrem porque não conseguem distinguir bem o tempo que deve ser dedicado ao trabalho daquele que é pessoal.
A gestão a distância também é um desafio.
Além disso, teve também quem sofreu para adaptar-se ao uso de algumas tecnologias ainda pouco usadas, embora já antigas.
As ferramentas de videochamadas já eram usadas há alguns anos.
Pessoas utilizavam, por exemplo, o Skype, da Microsoft, para se comunicar com alguém em outra parte do mundo.
A ferramenta – uma das mais antigas – já ajudava famílias a se comunicarem, e também já era ferramenta de trabalho para outros.
Contudo, a ferramenta de videochamadas que mais foi utilizada (amada e odiada) durante a pandemia foi, sem dúvidas, o Zoom.
A ferramenta foi criada pelo engenheiro Eric Yuan, em 2011, mas começou a funcionar em janeiro de 2013. A aplicação atingiu aproximadamente um milhão de usuários quatro meses depois.
Mas, o grande sucesso veio mesmo no ano de 2020. Só entre o começo do ano e meados de março, o Zoom teve um crescimento de 67%, graças à demanda surgida pelas aulas online e pelo trabalho remoto.
Com uma procura tão grande, a empresa passou a valer, em março de 2020, 38 bilhões de dólares.
Novas opções
Depois do êxito do Zoom – que também enfrentou problemas de estabilidade e segurança – um gigante da internet se moveu rapidamente para reestruturar sua ferramenta de videochamadas.
O Google já tinha o Hangouts, mas a plataforma da empresa deixava a desejar quando comparada ao Zoom.
Em meados de 2020, o serviço foi substituído pelo Google Meet, que trouxe opções anteriormente ausentes no Hangouts, e aumentou o número de participantes nas videochamadas e possibilitou, por exemplo, a função de compartilhar com os participantes de uma reunião a tela do próprio computador.
Outra gigante das comunicações também se aventurou nos serviços de videochamadas em grupo.
Ferramenta de videochamadas do WhatsApp
Aproveitando a popularidade das ferramentas de videochamadas, o WhatsApp começou a disponibilizar para alguns usuários sua própria ferramenta de chamadas de voz e vídeo para desktops e navegadores web.
O serviço começou a ser liberado gradualmente em dezembro de 2020.
A nova ferramenta do WhatsApp ainda está em fase de testes, mas permite que os usuários – que ainda são relativamente poucos com acesso à função – façam videochamadas por meio do WhatsApp Web.
- O ícone para ter acesso à novidade aparece no topo da tela, ao lado da lupa de pesquisa.
Com o lançamento, o aplicativo de mensagens instantâneas entra na briga com Zoom, Skype (que agora também permite chamadas em grupo) e Meet.
Conclusão
As ferramentas de videochamadas já eram disponibilizadas por várias plataformas online. Os serviços possibilitam a comunicação usando áudio e vídeo com pessoas em qualquer parte do mundo.
Mas foi a partir da pandemia do novo Coronavírus que essas ferramentas possibilitaram uma verdadeira revolução no âmbito laboral e educacional.
Os aplicativos de videochamadas facilitaram a realização de aulas e de reuniões nas quais os participantes podem estar em sua própria casa.
Na guerra por atrair usuários, o último a apresentar a sua ferramenta de videochamadas é o WhatsApp que começou a disponibilizar, em dezembro, sua ferramenta de chamadas de áudio e vídeo para desktops.
O serviço é acessado pelo WhatsApp Web, está em fase de testes e o acesso ainda é restrito a alguns usuários selecionados.