Você tem dúvidas se vale a pena contratar PJ ou CLT? Para as empresas de pequeno porte ou para os profissionais que trabalham de forma autônoma e precisam de suporte em suas atividades, a contratação de um colaborador é realmente um passo importante para possibilitar o crescimento do negócio.
Ao mesmo tempo em que um funcionário permite expansão das operações, porém, novos custos e responsabilidades passam a fazer parte da gestão do empreendedor. Não por acaso, as empresas ainda têm muitas dúvidas sobre as formas de contrato de trabalho e sobre como escolher a mais adequada entre CLT ou PJ.
Neste artigo que a Smart preparou, vamos explicar melhor os dois modelos em que sua empresa pode contratar pessoal e os cuidados que deve tomar em cada um deles para manter a liquidez e a segurança em seus negócios. Confira!
Modelos de contratação de pessoal
Como falamos, para aumento da equipe de uma empresa, existem duas formas principais de contrato de trabalho: CLT, o contrato com carteira assinada, ou PJ, o contrato de um funcionário como empresa.
É importante que conheça bem ambos modelos para evitar riscos em fiscalizações trabalhistas ou em ações judiciais movidas por antigos colaboradores. Entenda melhor:
Contrato CLT
Contratar CLT é a maneira mais segura de aumentar a equipe para quem precisa de funcionários fixos e que não cumpram atividades com prazo previsto para ter fim.
Neste modelo, a carteira é assinada com base na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) e o empregador é responsável por 13º salário, FGTS, recolhimento de INSS, parcela do vale-transporte e de alimentação, além de férias remuneradas.
Contrato PJ
Contratar PJ deve ser visto como uma forma de terceirização, em que uma empresa contrata outra para realização das atividades necessárias. A vantagem para o empregador é a redução de custos com encargos trabalhistas e é possível que o colaborador também se beneficie, uma vez que os descontos no valor do salário para ele também são menores.
Existe, ainda, a possibilidade de crescer sua equipe com a contratação de um estagiário ou de um menor aprendiz, caso precise de suporte de um profissional de nível mais júnior.
O que considerar em um contrato CLT
Ao contratar pessoal dentro do regime CLT, o principal fator a ser considerado é o seu custo, uma vez que os encargos trabalhistas podem chegar a 65% do valor do salário do funcionário. Ou seja, na hora de definir a vaga e a remuneração, você deve considerar este adicional dentro do orçamento da empresa.
De qualquer forma, para aqueles negócios que precisam de regularidade do colaborador e disponibilidade para múltiplas tarefas, sem fazer parte de um projeto específico, contratar CLT é a forma mais correta de ampliar o quadro de colaboradores. Este pode ser o melhor caso se precisar de um assistente ou de alguém para o atendimento aos clientes, por exemplo.
Contratar PJ é legal?
Ao conhecer o custo de um funcionário dentro do regime CLT, talvez você esteja pensando: “quero contratar PJ, mas corro algum risco ao tomar esta decisão?”. De fato, é comum ter receio ao se contratar um terceirizado com dúvidas se PJ é ilegal ou não. Neste ponto, porém, não há motivos para preocupação, desde que sua empresa não utilize este modelo de contratação de pessoal simplesmente como uma substituição da CLT em busca de menores custos.
Para isso, o funcionário autônomo deve ser tratado como um prestador de serviços, cumprindo os objetivos e a carga horária de um projeto específico e sem manter rotina de um colaborador CLT. Ou seja, o PJ não ter obrigação de “bater ponto”, cumprindo todos os dias os mesmos horários e utilizando os recursos da empresa para executar suas atividades, configurando um vínculo empregatício. Da mesma forma, ele pode ter outros clientes, sendo responsável por administrar suas próprias demandas.
Portanto, se está pensando em ampliar sua empresa ao contratar PJ, apenas certifique-se de que está fazendo este processo de acordo com as leis trabalhistas, não apenas como um modelo de contratação de pessoal mais barato. Contratar PJ é crime apenas se seu objetivo não for ter um funcionário terceirizado, mas sim um colaborador fixo.
Lembre-se, ainda, que este profissional autônomo não recebe benefícios como férias e 13º salário, o que não significa que você não possa oferecer a ele outros atrativos para manter sua motivação em seu trabalho e também fidelizá-lo como colaborador. Propor auxílio transporte e alimentação ou participação nos lucros podem ser boas alternativas!
Encontre o modelo certo para a sua empresa!
Concluindo, não existe modelo certo ou errado ao contratar pessoal, tudo depende do que sua empresa precisa em um profissional e dos custos que está disposto a arcar. Se a ideia for contratar PJ, lembre-se de manter a autonomia do prestador de serviços, mas, se suas demandas forem menos especializadas, um colaborador em regime CLT pode fazer mais sentido.
Para ajudar em sua decisão e planejamento, não deixe de colocar na ponta do lápis seus possíveis custos em cada uma das formas de contrato de trabalho. Existem, inclusive, ferramentas online que podem ajudá-lo nestas estimativas para que tome decisões mais assertivas e que auxiliem no crescimento do seu negócio.