Já chegamos mesmo na Era do Compartilhamento?

Muito se fala sobre termos chegado à Era do Compartilhamento e a um importante avanço no consumo compartilhado e sustentável.

Mas, afinal, o que isso significa? Neste artigo, vamos explicar como este movimento tem se consolidado e beneficiado pessoas e empresas, confira!

Se você quer saber mais sobre a Era do Compartilhamento, continue a leitura com a gente!

Era do Compartilhamento: o que possibilitou seu surgimento?

Dos anos 50 até bem pouco tempo atrás, a tendência de consumo era de acumular bens. O normal era trabalhar por bastante tempo em um lugar fixo, construindo carreira, para comprar bens e seguir naquele ritmo até o fim de sua idade mais produtiva.

Mas a geração do milênio, como são conhecidos os jovens de entre 20 e 35 anos, adeptos de novas ideias, conectados por uma grande rede online, têm mostrado novos comportamentos de consumo, quebrando antigos paradigmas sociais. E é aí que entra a Era do Compartilhamento.

Hoje, ao invés de um emprego para toda vida, o sonho da nova força de trabalho é participar de correntes, grupos e empreender em novos mercados. A corrente de pensamento de um ponto fixo migra para o estabelecimento de pontos de contato, talvez não físicos, para geração de conteúdo, negócios e valor.

A internet possibilita essa nova forma de fazer negócios e viver, pois torna as pessoas conectadas o tempo todo e os serviços mais baratos através de modelos de negócios em grande escala.

Como vemos a oportunidade de empreender mais presente em países Europeus e Estados Unidos, grande parte dos serviços de criação de rede e compartilhamento nascem por aquelas bandas. Mesmo assim, com grande acesso ao mundo digital e a popularização de smartphones, o Brasil é um dos grandes mercados para as empresas de lá.

Economia compartilhada na prática

Quando se refere ao transporte, são cada vez mais os que optam por serviços de compartilhamento de veículos, como o Zipcar, o Car2Go e o Enterprise CarShare, que permitem aos usuários pegar e deixar seus carros em ruas ou estacionamentos, em vez de comparecer aos tradicionais escritórios de aluguel de carros.

Esse “consumo colaborativo” se expandiu além dos veículos e chegou aos objetos do dia a dia, como as ferramentas elétricas, que podem ser alugadas através do site 1000 Tools.

Além disso, é importante o papel dos escritórios compartilhados, os coworkings, para o desenvolvimento de novos negócios.

Nesse cenário, cada vez mais povoado, se destaca o Airbnb, emrpesa fundada em 2008 pelo empreendedor Brian Chesky, que em apenas seis anos criou um negócio avaliado em US$ 2,5 bilhões, com 500 mil propriedades disponíveis e presença em 190 países.

Na noite passada, 40 mil pessoas alugaram alojamentos através dessa plataforma, que já oferece 250.000 quartos, em 30 mil cidades de 192 países. Eles escolheram seus quartos e também pagaram tudo online. E todas essas camas foram fornecidos por particulares, em vez de uma cadeia hotel. Anfitriões e convidados foram pareados pela Airbnb.

Era do Compartilhamento e propriedade

Para os entusiastas da economia do compartilhamento, ela está introduzindo um novo conceito de propriedade. “Para aqueles que vêm se alinhando a essa tendência, bens duráveis são vistos como objetos de uso temporário, em vez de pertences. Pessoalmente, eu não sinto mais que possua qualquer coisa. Eu usufruo o objeto de consumo por um dia, uma semana ou um ano, cuido bem dele, porque presumo que passará a ter outra vida, com outra pessoa, e depois vendo ou divido aquilo de que estou cansada”, conta DiNunzio Friedman, acrescentando: “Tenho acesso a bens e serviços  que estariam aquém das minhas possibilidades, sem acumular toneladas de coisas.” Nessa nova economia da era do compartilhamento, portanto, cada pessoa se torna um microempresário.

Portanto, é plausível supor que as pessoas vão querer, cada vez mais, usar métodos mais flexíveis de comércio.  Por isso, não é preciso muita imaginação para visualizar que nos próximos 20 anos, a economia do compartilhamento e da reputação poderá ser o método majoritário de comércio do planeta. A consequência é simples: torna-se obrigatório entendermos como  natureza do poder está mudando, quem o detém, como ele é distribuído e para onde está indo. Este será o desafio dos negócios para os próximos anos.

Leia Também